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terça-feira, 19 de maio de 2015

Praça da República (Rossio) - Viseu



No Rossio de Viseu, o coração da cidade, a  acompanhar a curva desta praça, surge um muro de suporte a uma balaustrada revestido com um painel de azulejos representativos dos costumes desta  região beirã. Datado 1931 é obra de Joaquim Lopes e foi produzido na fábrica do Agueiro em Vila Nova de Gaia.
   
Aqui está o grande painel fotografado nos dois sentidos da curva para assim se ficar com uma melhor ideia do conjunto.


Fotografia gentilmente cedida pelo mfls


É composto por quatro medalhões, cada um deles alusivo a modos de vida da região e alternam com representações de cenas de feira.
 






 .

Na base do painel,  pormenores vegetalistas e arquitetónicos rematam  a composição.





Num dos extremos, um azulejo ostenta as iniciais da Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu, entidade responsável pela construção deste painel. Estas entidades foram promovidas pela  Primeira República, em 1921 e tinham como finalidade a criação de uma rede de organizações turísticas locais que deveriam entre outras coisas "fomentar a indústria do turismo". A cada uma destas comissões correspondiam locais classificados como "estâncias". Viseu recebeu esta classificação em 1926.






Fonte - http://www.projectopatrimonio.com/viseupedia/documentos/viseupedia_n02.pdf

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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    1. :) Dulce
      É o "síndrome do ninho vazio"! Isto, pela parte que me toca resolve-se com muita "vadiage" :) É o melhor comprimido.
      Beijinhos e aparece sempre

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  2. Realmente o azulejo tem a capacidade de transformar espaços desinteressantes como este em qualquer coisa muitíssimo atractiva. Claro, estes não tem a beleza dos azulejos do século XVIII, mas não deixa de ser interessante. Em Lisboa, nos anos e 80 revestiram uns enormes muros de betão na Avenida de Ceuta, feitos para suster as terras de uma encosta e o que era feio e agressivo, tornou-se numa superfície cheia de cor e luz.

    Bjos

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    1. Caro Luís
      Os portugueses são imbatíveis na utilização decorativa que dão aos azulejos. Aplicamo-los de forma quase ilimitada, nas mais diversas situações arquitetónicas, e parece-me que esta é uma caraterística única. Aliás, acho curioso, que sendo nós os portugueses, adversos a manter a nossa arquitetura tradicional, consigamos ter nos azulejos uma referência comum. Eles estão omnipresentes de Norte a Sul de Portugal, se bem que alguns sejam muito discutíveis.
      Bjs

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