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terça-feira, 27 de maio de 2014

Rua Nova- Avintes - Vila Nova d Gaia

Azulejos pouco vistos, tanto pelo padrão como pela conjugação das duas cores usadas, o azul e o vermelho cor de vinho.
Fachada lateral
A visão de uma construção recente em ruínas é-me sempre penosa. Não deve tardar a desparecer. Espero que lhe salvem os azulejos.
Fachada principal
Padrão que faz lembrar as rosetas dos antigos napperons

Algumas paredes do interior estariam revestidas com o mesmo azulejo

4 comentários:

  1. Que interessante Maria Paula. Estes estão claramente associados, e foram seguramente inspirados, pelas rendas.
    Claro que, em individual, estes azulejos pouco interesse têm, valem pela associação, valorizando fachadas que, doutra forma, seriam anónimas.
    Esta está em risco de retornar ao anonimato total, e é uma pena, pois o substituto será seguramente um monstro que os construtores adoram fazer para que os portugueses fiquem rodeados por coisas cada vez mais tristes e descaracterizadas.
    Salvar estes azulejos seria uma opção, mas não haverá muita gente que o queira fazer, pois implica muiiiiito trabalho para uma geração que deixou de descobrir o prazer na beleza deste material.
    Uma boa semana
    Manel

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    1. Sabe que cada vez mais simpatizo com estes azulejos? :) Acho-os muito engraçados, talvez pelo seu padrão fugir ao habitual e pela sua evidente inspiração no croché, neste caso, num gosto muito popular. Talvez estas particularidades e o facto de a sua remoção ser muito dispendiosa, os destinem irremediavelmente ao entulho. Tendo o Porto uma história e um património tão ricos na área da cerâmica é uma pena não haver um museu dedicado ao azulejo, onde teriam que ter também cabimento estes, que normalmente designo por “anónimos”, ou seja aqueles de decoração menos usual e normalmente encontrados em locais menos nobres, ou afastados dos circuitos mais conhecidos. Certamente que não seria preciso tanto dinheiro como aquele que foi gasto no projeto falhado da “Casa Manoel de Oliveira” que recentemente acabou à venda em hasta pública pela quantia de 1,58 milhões de euros (não apareceram interessados).Por onde andará o bom senso dos responsáveis da cultura do nosso país?
      Continuação de uma boa semana

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  2. Maria Paula

    Recomendo-lhe que escreva para o SOS Azulejos. Pode ser que eles se decidam a fazer qualquer coisa de útil. É para isso que eles são pagos com dinheiros públicos.

    Bjos e parabéns pelo seu trabalho

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    1. Caro Luís
      Muito obrigada pelo seu reconhecimento a este meu pequeníssimo projeto. Antes do SOS Azulejos vou tentar o Banco de Materiais. Não me pergunte porquê, mas inspiram-me mais confiança.
      Beijos e bom fim de semana que já está quase:)

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